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Educação sexual e síndrome de down: precisamos conversar

A educação sexual costuma ser um dos maiores tabus existentes nas famílias, mesmo que a sociedade esteja ciente, num contexto geral, que a falta de orientação pode implicar em sérias consequências na vida dos jovens. Se, ao dizer isso, consideramos dificuldades que afligem à maioria das famílias, o que imaginar a respeito dos pais cujos filhos têm síndrome de Down?

O fato de pessoas com deficiência intelectual serem tratadas de forma completamente oposta aos que não apresentam a mesma condição é mais que uma barreira. Na verdade, talvez este seja o maior obstáculo para que temas envolvendo sexualidade entrem em pauta, como se eles não fossem capazes de desenvolver sua vida sexual.

Entretanto, o que todos nós devemos saber é que a síndrome de Down não atrasa a vida sexual de um indivíduo. Portanto, na maioria dos casos, eles não se diferenciam de ninguém com relação a isso. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, sendo assim, a presença do sexo na vida das pessoas com down deve ser vista com naturalidade.

Mas, se a educação sexual já é um desafio para quase todas as famílias, o que deve ser feito para facilitar essa troca de ideias com os filhos nascidos com síndrome de Down? Por que essa etapa é tão importante? É o que abordaremos neste artigo. Confira!

Reconheça a sexualidade das pessoas com down

Como mencionado anteriormente, a sexualidade na vida de quem tem a síndrome de Down se desenvolve naturalmente, da mesma forma que ocorre com pessoas “típicas”. A condição intelectual não interfere nos sentimentos do ser humano.

Adolescentes com síndrome de Down, devidamente inseridos na sociedade, irão conviver com outras pessoas nos mais diversos ambientes — principalmente nos escolares —, e é nesse convívio que estabelecerão relacionamentos variados — com isso, surgirão curiosidades e desejos que demandam orientações dos pais.

Sendo assim, a educação sexual não deve ser tratada como um entrave ou um tabu, mas como um caminho a ser trilhado para que o jovem possa usufruir, de forma segura, do que a vida lhe proporcionará.

Valorize a importância da Educação Sexual

Existem algumas preocupações que devem ser tratadas com maior seriedade. O término de um relacionamento, por exemplo, é algo que pode gerar um impacto muito grande para todos nós. Porém, para quem tem síndrome de Down, lidar com as consequências é muito mais difícil — sem a orientação e apoio da família, a tendência é que o jovem fique deprimido e tenha dificuldades nos estudos.

O fator gravidez é um outro detalhe que merece muita atenção, pois, ao contrário do que se pensa, é possível que um relacionamento sexual envolvendo uma pessoa com Down resulte em gravidez. Portanto, a preocupação com isso deve ser a mesma que se costuma ter com os filhos que não tenham a síndrome, levando-se em conta os métodos contraceptivos e todos os cuidados necessários para uma vida sexual saudável.

Oriente-os para uma vida sexual saudável

Ouvir o que um(a) filho(a) com síndrome de Down tem a dizer, sentimentos que tem a expressar, é fundamental que o assunto venha à tona sem que isso soe constrangedor. Pessoas com a síndrome são expressivas e verdadeiras, mas os pais precisam se policiar para eles mesmos não demonstrarem apreensão excessiva. É importante que os pais demonstrem naturalidade diante do(a) filho(a).

É também imprescindível que as famílias contem com um acompanhamento médico. Como todos nós, eles apresentam diferenças e peculiaridades, então, quando o assunto é a Educação Sexual, cada caso deve ser tratado de forma diferente. Para certos(as) jovens, por exemplo, a necessidade de trabalhar o aspecto emocional pode ser maior, enquanto para outros, pode ser preciso focar no autocontrole ou no entendimento de como seu corpo funciona, entre outras questões.

Gostou da temática sobre a importância em abordar o tema da sexualidade? Continue acompanhando nossos conteúdos.

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Comentários (3)

  • Pingback: UMA NOITE PARA CONVERSARMOS SOBRE SEXUALIDADE E AUTONOMIA DAS PESSOAS COM DOWN. TODOS CONVIDADOS! | Mano Down Instituto

  • maria do Carmo Junqueira Reply

    Meu filho não tem namorada, pouco contato com outras pessoas com Down, pelo menos eu acho. Demonstra grande desejo pelo sexo oposto. Tem 20 anos. Ele é adequado sobre esses aspectos, mas observo e sofro, não sei o que fazer. Ao mesmo tempo ele é infantil em outros aspectos ou momentos. Emocionalmente não tem 20 anos.oque fazer? Outras mães se angustiam assim? Gostaria que ele pudesse ter uma vida plena.

    07/11/2016 at 16:33
    • Leonardo Gontijo Reply

      Trata-se de um tema muito relevante e que precisamos trabalhar. Veja que no blog tem várias materias sobre o tema. COnte conosco. Abraços

      10/11/2016 at 09:27

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