Síndrome de Down: 5 mitos quebrados sobre limites e incapacidades

Você sabia que ainda hoje existem mitos sobre Síndrome de Down? Descrita pela primeira vez em 1862 e com a causa genética identificada quase cem anos depois — mais precisamente em 1958 —, a síndrome é considerada uma alteração comum nos dias atuais. Isso porque a cada 700 pessoas, uma nasce com Down.

Além disso, a causa está diretamente relacionada com a presença de três cromossomos 21 e não dois, como normalmente acontece. Contudo, mesmo sendo conhecida há anos e não ser algo raro, há pessoas que têm preconceito e mistificam o caso.

Vale mencionar que uma criança ou adulto com Down deve levar uma vida comum e, embora necessitem de alguns cuidados especiais com a saúde, são pessoas como qualquer outra, que tem a capacidade de viver uma rotina comum.

Com base nisso, resolvemos apresentar e quebrar os principais mitos, especialmente os relacionados aos limites e incapacidades. Ficou interessado? Então continue lendo!

1. As crianças com Down precisam de escolas especiais

O primeiro mito está relacionado ao início da educação de crianças com Down. Ao contrário do que muitos pensam, as pessoas que nascem com a síndrome não precisam de escolas e berçários especiais. Elas devem ser inseridas normalmente nas mesmas escolas da rede regular de ensino destinadas para crianças .

É importante mencionar que o colégio deve ter estrutura e estar pronto para essa inclusão. Também vale dizer que, em casos de berçários, é preferível esperar que o bebê tenha 6 meses de idade, quando o cartão de vacina já estará mais adiantado e as crianças estarão menos vulneráveis às infecções.

2. As pessoas com a síndrome possuem uma doença  grave

É possível afirmar que pessoas com a síndrome apresentam um grau leve a moderado de deficiência cognitiva ou deficiência intelectual. A síndrome de down não é uma doença. No entanto, isso não significa que elas possuem um nível que as impossibilita de absorver aprendizados e frequentar escolas comuns.

Como já dissemos, elas podem (e devem) frequentar a rede regular de ensino. Além disso, muitas crianças e adultos com Down apresentam vários pontos fortes e são bastante talentosos.

3. A síndrome afeta toda a capacidade de falar e de andar

É verdade que crianças com a síndrome costumam ter hipotonia generalizada (diminuição da força e do tônus muscular) e dificuldade neurológica, o que causa um atraso no aprendizado da fala e do desenvolvimento neuropsicomotor (mudança no comportamento motor de uma pessoa).

Entretanto, o indivíduo com Down não perde a capacidade de andar, nem de falar. Cada um possui as suas particularidades, mas é possível afirmar que, com um acompanhamento especializado, a criança começa a falar a partir dos 3 anos e dá os primeiros passos a partir dos 2. Lembrando que cada ser é singular e vários fatores influenciam este processo.

4. O indivíduo com Down não pode praticar atividades físicas

As atividades e os exercícios físicos são elementares para assegurar a saúde, tanto física, quanto mental, de qualquer indivíduo, inclusive de pessoas com Down.

Como em qualquer caso, é importante buscar um profissional ou um espaço especializado e fazer a avaliação física prévia. Após disso, uma série de atividades será apresentada. Se possível, prefira que a prática aconteça ao ar livre, como em parques, pois essa é sempre uma boa opção para viver melhor e ainda aproveitar um pouco da natureza.

5. A pessoa com a síndrome é impossibilitada de trabalhar

Por fim, mais um grande mito. Como já dissemos, a pessoa com Down possui as mesmas capacidades de qualquer outro indivíduo. Sendo assim, ela pode ter um grande sucesso no emprego e então deve desenvolver atividades produtivas.

É válido citar que o trabalho faz parte da formação da identidade adulta, assim como tantas outras atividades do dia a dia. Inclusive, já existem muitas empresas que estão cadastradas no portal incluo e divulgam suas vagas.

Agora que você já sabe quais são os principais mitos sobre Síndrome de Down, acabe com toda essa mistificação acerca dos limites e incapacidades das pessoas. Essa também é uma forma de diminuir o preconceito e mostrar que os indivíduos com Down são tão capazes como qualquer outra pessoa.

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