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Abortados e abandonados: Como uma mãe mudou o destino das pessoas com down na China

Na China, por causa da ditadura e da política do filho único adotada no fim da década de 70, mais de 95% dos bebês com down são abortados e dos que nascem, a maioria é abandonada. Apesar da gradativa mudança e relaxamento do controle de natalidade do país nos últimos anos, a medida ainda não conseguiu amenizar esses alarmantes números. Um exemplo disso é o fato de, em 2014, o governo ter aberto na cidade de Cantão, um centro para acomodar bebês abandonado por seus pais, todos com algum tipo de deficiência: 110 tinham síndrome de down, 39 com paralisia cerebral e 32 com outras deficiências.

Confira a emocionante história de uma chinesa que lutou para dar um futuro ao seu filho e ainda criou um negócio para criar oportunidades para as pessoas com deficiência

Descoberta da Síndrome de Down

Exemplo raro na China, Ge Genfu é um dos poucos sortudos, que com síndrome de down, conseguiu sobreviver sem ser abortado ao abandonado,  graças à tenacidade de sua mãe, que quase se deixou levar pelas práticas do regime. Bai Ye, mãe do menino, só descobriu que o filho tinha síndrome de down 40 dias após o nascimento, quando levou o bebê ao hospital por causa de um estado fabril. Por meio do médico, ela recebeu a assustadora notícia que “Ele não deve falar nem andar” e ainda, ouviu de um médico de um hospital infantil em Xangai ” Você tem duas opções, aceitar a realidade ou deixá-lo na rua”.

Desafios e preconceitos

Apesar de saber das enormes dificuldades que enfrentaria, principalmente envolvidas em ter uma criança com Síndrome de Down sob o jugo da ditadura, Bai Ye resolveu lutar pela vida e saúde do filho. Dentre os desafios, colocar o menino na escola foi o mais difícil deles, já que apesar da qualidade da instituição e dos  professores, Ge Genfu passava todo o tempo sozinho, já que os demais alunos não interagiam com ele, e segundo os professores, eles não podiam dar tanta atenção, afirmando que o garoto era um pego.

Após estes acontecimentos a mãe decidiu fazer todo o possível para o seu filho ter boas oportunidades de vida e a chance de ser um exemplo de que o aborto e abandono não é a escolha correta, provando para a sociedade os direitos e as capacidades das pessoas com down.

Inclusão social e no trabalho

Quando o menino completou oito anos, ingressou em uma escola especial na China, onde passou os próximos nove anos estudando e desenvolvendo suas habilidades manuais e intelectuais.

Depois de já haver completado a idade para trabalhar, o desafio era outro: vencer a enorme competitividade do mercado. Por esse motivo, a mãe de Ge Genfu decidiu abrir um negócio de produtos de hotelarias, que somente emprega pessoas com deficiência intelectual, ajudando o futuro do próprio filho e de outros jovens que teriam dificuldades de conseguir um emprego.

Hoje, os dois sentem-se felizes e realizados e são, para muitos, um exemplo de lutadores reais para os direitos e as vidas das pessoas com Síndrome de Down.

Fonte: Actuall e Sixthtone

Qual a sua opinião sobre a atitude da mãe? Você sabia que assim como ela, o Portal Incluo proporciona a inclusão no mercado de trabalho, encontrando vagas para pessoas com síndrome de down? Cadastre-se gratuitamente neste link e veja as melhores oportunidades.

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